Morar nas Metrópoles: Exclusão e Habitação no enunciado jornalístico 2001


Autoras
Geisa Matos Lages – Bolsista de Iniciação Científica FAPERJ
Priscila Soares da Silva – Bolsista de Iniciação Científica FAPERJ

Co-autores
Fabiana Cabral – Bolsista de Iniciação Científica CNPq
Edson Possidônio – Bolsista de Iniciação Científica CNPq

Orientadora
Profª Drª Sônia Maria Taddei Ferraz

Eventos
– XI Seminário de Iniciação Científica. Niterói, novembro de 2001
– II CICAU – Congresso de Iniciação Científica de Arquitetura e Urbanismo. Curitiba, julho de 2002
– I Mostra Regional de Ensino no V EREA – Encontro Regional dos Estudantes de Arquitetura. Paraty, maio de 2002

Resumo

Esta proposta, como desdobramento do trabalho “Morar nas Metrópoles: Exclusão e Habitação”, tem o objetivo de mostrar a estreita relação entre violência e miséria construída diariamente pela imprensa, produzindo sensação crescente de insegurança e medo na dita “sociedade organizada” -“incluída”, em relação aos miseráveis, os quais têm sido historicamente enunciados como perigosos. A exposição contrapõe duas formas e padrões de moradia nas metrópoles – dos miseráveis e das elites. A construção imagética dessa contraposição se dá pela composição de matérias da mídia impressa que demonstram a intensificação e a massificação desse quadro socialmente produzido. A mídia noticia muitas vezes o aumento da violência associado a números cada vez maiores de miséria.

Essa violência, localizada entre espaços e pessoas, emerge de construções discursivas alarmantes e exaustivas, que se apropria de estatísticas, exagerando o quadro, contribuindo para produzir um “apartheid” cada vez maior e intensificado pelo medo. Esses discursos midiáticos produzem, portanto, o sentido de perigo e vulnerabilidade relacionados ao patrimônio e à vida, estimulando a a dupla exclusão: a exclusão social dos miseráveis sem acesso à moradia e a auto-exclusão dos moradores dos bairros de alta renda, concretizada por elementos demarcadores de seus territórios e seus patrimônios.

Assim, ao mesmo tempo em que uma grande parcela de miseráveis sem teto se encontra tradicionalmente excluída sob viadutos, marquises, prédios abandonados etc, a elite constrói verdadeiras fortalezas habitacionais calcadas em modelos medievais, provocando seu próprio confinamento. A exclusão territorial que altera a prática nas relações de convivência coletiva – importante característica da vida nas cidades.

Pesquisa financiada pela FAPERJ -Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro

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Resumo publicado nos Anais do 11º Seminário de Iniciação Científica e Prêmio UFF Vasconcellos Torres de Ciência e Tecnologia – 2001, pg.263

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